Café de artistas: la multiplicidad del universo de España

Abstract

Este trabalho apresenta uma análise da obra Café de artistas, do escritor espanhol Camilo José Cela, publicada em 1953. Tem por objetivo demonstrar o modo como a personagem principal se constrói como ser no mundo, em meio de um panorama conturbado por uma ditadura. Também se aborda a estética tremendista e o afazer do escritor comprometido com a sua realidade. O texto está organizado em três capítulos. O primeiro, denominado “España y el tremendismo”, sintetiza a conformação da Espanha, o cenário social e político da Guerra Civil, o Franquismo e, como fruto desse período, a estética tremendista. Para estas considerações há o apoio em textos de Pierre Vilar, Camilo José Cela, Carlos Alberto Loprete, entre outros teóricos. O segundo capítulo titula-se “La puerta giratoria da vueltas sobre su eje”, no qual se desenvolve uma análise sobre a obra em si mesma. Os principais aspectos explorados são: o café como um ambiente representativo da multiplicidade espanhola, a forma de escrever novelas e a constituição da personalidade do protagonista. Os fundamentos teóricos são diversos, pois a abordagem trabalha com intertextualidades da narrativa, isto é, em autores que são citados dentro do relato. Entre eles, pode-se destacar a Friedrich Nietzsche. O terceiro, “La literatura como compromisso”, trata da tarefa do escritor como um ser que, necessariamente, está comprometido com a sua época. Este capítulo baseiase nas reflexões de Jean Paul Sartre.