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https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/3562
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Miguel de Unamuno e os princípios de escrita romanesca presentes em Niebla |
Autor(es): | Silva, Maria Solange Barbosa da |
Primeiro Orientador: | Nunes, Geice Peres |
1° Membro da banca: | Torres, Alejandra Torres |
2° Membro da banca: | Rizzon, Carlos Garcia |
Resumo: | No presente trabalho nos debruçamos sobre Niebla (1914), obra-prima do escritor espanhol Miguel de Unamuno, cuja história retrata a paixão de Augusto Pérez, “caminante de la vida”, pela professora de piano Eugenia Domingo, “la mujer del porvenir” que o rechaça. Assim, Pérez sofre com a desilusão amorosa e, em consequência disso, começa a ter dúvidas e angústias existenciais, confessadas em partidas de xadrez ao melhor amigo, Víctor Goti, personagem extremamente relevante em nossa investigação. Através de suas falas, são proferidas inúmeras estratégias de escrita, uma vez que Goti iniciara a elaboração de um romance. Estas terminam por distanciar seus textos de narrativas tradicionais do gênero, por isso, cria o termo nivola, permitindo-lhe efetuar distorções estruturais no romance. Dessa forma, buscamos, por meio da seleção de trechos de Niebla, bem como de outras obras de dom Miguel, como o ensaio Cómo se hace una novela (1921), evidenciar estes procedimentos de composição e tecer considerações a respeito do fazer literário. Procuramos também, na medida do possível, não menosprezar as reflexões de cunho filosófico do autor, característica de sua obra. Com isso, ao elencarmos muitas das diretrizes de Goti, foi possível comprovar o seu uso na própria composição de Niebla, tornando-a objeto de experimentação e aplicação. Sendo assim, é inegável seu caráter metaficcional. Visto o lugar de destaque ocupado por Unamuno nas letras espanholas e cientes das condições sócio-históricas nas quais a Espanha vivia e seus impactos na vida do escritor, situamos brevemente este cenário. Para tanto, usamos estudos de José Domingo (1973), Pedro Salinas (2001) e Joaquín Tovar (1984). Além disso, convencidos do singular papel do leitor durante a leitura da obra, nós, leitores, nos sentimos, e de fato somos, experimentados durante essa experiência estética. Em virtude disso, nos utilizamos do conceito de obra aberta de Umberto Eco (1969) para compreender um pouco mais o espaço de interpretação reservado ao leitor unamuniano. De modo recorrente, fizemos uso de análises do professor Armando Zubizarreta (1995), dadas as profundas reflexões que produziu da obra em questão. O autor, ademais de discutir a criação literária em Niebla, sua nivola, trata também de questões existenciais e filosóficas, sob a estratégia de se valer de metáforas variadas como névoa, neblina, luz, etc. Embora não de maneira inédita, o escritor transformou em tema de discussão no texto ficcional os elementos que integram o sistema literário, como o romance e o leitor, levando-o, assim, a rever seu próprio papel ao longo da leitura. Efetivamente, o êxito de Unamuno se dá pela junção, ou ainda, pela opção de não separar tais temáticas, conseguindo, portanto, de maneira envolvente e nebulosa, nos fazer indagar sobre a nossa condição humana e nivolesca. |
Abstract: | En esta investigación, nos volvernos hacia Niebla (1914), obra maestra del escritor español Miguel de Unamuno, cuya historia retrata la pasión del protagonista Augusto Pérez, “caminante de la vida”, por la profesora de piano Eugenia Domingo, “la mujer del porvenir”, que lo rechaza. Así que Pérez sufre con la desilusión amorosa, por ello, empieza a tener dudas y angustias existenciales, que confiesa a su mejor amigo Víctor Goti, en partidas de ajedrez, personaje extremamente relevante en nuestra investigación. A través de sus hablas, se puede ver estrategias de escrita, una vez que empieza a escribir una novela. Justamente es quién crea el término nivola, puesto que se aleja de narrativas tradicionales del género novela. De esa manera, buscamos, por medio de la selección de fragmentos de la novela, así como de otras obras de don Miguel, como el ensayo Cómo se hace una novela (1921), evidenciar tales procedimientos de composición de la novela y consideraciones con respecto al hacer literario. También, procuramos no menospreciar las reflexiones de carácter filosófico del autor, característica de su obra. Con eso, al reunir las directrices de Goti, nos fue posible comprobar su uso en la propia elaboración de Niebla, haciéndola objeto de experimentación y aplicación. Por lo tanto, es innegable su carácter metaficcional. Visto el lugar de destaque ocupado por Unamuno en las letras españolas y conscientes de las condiciones sociohistóricas en las cuales España vivía y sus impactos en la vida del escritor, ubicamos brevemente este escenario, para tanto, utilizamos estudios de José Domingo (1973), Pedro Salinas (2001) y Joaquín Tovar (1984). Además, convencidos del singular papel del lector durante la lectura de la obra, nosotros, lectores, nos sentimos, y de hecho somos, experimentados durante esa experiencia estética. A causa de eso, nos utilizamos del concepto de obra abierta de Umberto Eco (1969) para comprender un poco más el espacio de interpretación reservado al lector unamuniano. De modo recurrente, hicimos uso de análisis del profesor Armando Zubizarreta (1995), debido a las profundas reflexiones que produjo de dicha obra. El autor, además de discutir la creación literaria en Niebla, su nivola, trata también de cuestiones existenciales y filosóficas, bajo la estrategia de valerse de metáforas variadas como niebla, luz, etc. Sin embargo, no de manera inédita, el escritor transformó en tema de discusión en el texto ficcional los elementos que integran el sistema literario, como novela y el lector. Llevándolo, así, a rever su propio papel a lo largo de la lectura. Efectivamente, el éxito de Unamuno se da por la junción, o aún, por la opción de no separar tales temáticas, logrando, por lo tanto, de manera atractiva y nebulosa, hacernos indagar sobre nuestra condición humana y nivolesca. |
Palavras-chave: | Unamuno, Miguel de Estatutos do romance Nivola Unamuno, Miguel de Estatutos do romance Nivola |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal do Pampa |
Sigla da Instituição: | UNIPAMPA |
Campus: | Campus Jaguarão |
Citação: | SILVA, Maria Solange Barbosa da. Miguel de Unamuno e os princípios de escrita romanesca presentes em Niebla. 51p. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Licenciatura em Letras – Português, Espanhol e Respectivas Literaturas) - Universidade Federal do Pampa, Campus Jaguarão, Jaguarão, 2018. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3562 |
Data do documento: | 11-Dez-2018 |
Aparece nas coleções: | Licenciatura em Letras - Português e Espanhol |
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