Tipo:	Livro
metadata.dc.title:	Retratos de Linguagem: uma homenagem aos 10 anos da área de letras da Unipampa- campus Bagé/RS
Autor(es):	Kelm, Miriam Denise
Resumo:	Este livro foi concebido como uma forma de rememorar a trajetória inicial de implantação de uma nova universidade, a nossa, a Universidade Federal do Pampa. Em especial, trazendo narrativas pessoais e acadêmicas vivenciadas no campus instalado na cidade de Bagé/RS. Neste município, foi feito o lançamento de criação da instituição; também, é onde está a sede da reitoria e da maioria das pró-reitorias. Entretanto, os olhares que aqui apresentamos partem de uma lente em perspectiva: os cursos de Licenciatura em Letras aqui constituídos. Inicialmente, no ano de 2006, tivemos o Curso de Licenciatura em Letras com duas habilitações: Português/Inglês e respectivas literaturas e Português/Espanhol e respectivas literaturas. Posteriormente, em 2009, foi incluída a habilitação única (Português e Literaturas de Língua Portuguesa), passando a existir três habilitações em Letras. A partir de 2013, as habilitações que reuniam língua portuguesa e alguma das duas línguas estrangeiras entraram em processo de extinção. O Curso de Licenciatura em Português e Literaturas de Língua Portuguesa sofreu remodelações e também foi criado o Curso de Licenciatura em Letras - Línguas Adicionais (Inglês/Espanhol e respectivas literaturas). A partir daquela data, portanto, o campus Bagé/RS oferece dois cursos distintos de licenciatura, com coordenações e turnos independentes. Oferece também um Mestrado Profissional em Ensino de Línguas e ofereceu quatro especializações (Letras e Linguagens, Leitura e Escrita, Linguagem e Docência e Ensino de Literatura). Mais que resgatar um percurso, os textos confirmam a historicidade de um empreendimento que se converte na criação de uma instituição universitária e os esforços humanos e intelectuais nele empregados. O significado de um decênio no momento presente, em que se olha para o entorno (para nosso espanto, tão rapidamente vivido), começa a ser aquilatado somente a partir de agora, quando olhamos de relance para trás na reconstituição dos passos iniciais e perscrutamos o que vai à frente, com tudo o que sabemos necessário ainda por fazer. Com E olhos no futuro, contamos com aquilo que se delineia no horizonte avistável e pressupomos também muito de imprevisibilidade nos projetos político-educacionais que culminaram com a descentralização do Ensino Superior no país e a criação de dezenas de novas universidades nos últimos dez anos, especialmente diante do cenário crítico em que vivemos neste 2016. Nos artigos reunidos, estão representados quase todos os agentes envolvidos: docentes, discentes de graduação e de pós-graduação, ex-discentes atuando como professores-substitutos e docentes alocados em cargos administrativos, tão importantes para o pleno funcionamento da instituição acadêmica. Dividido em quatro seções, o livro encontra-se assim estruturado: na primeira parte, reunimos textos em que mais fortemente os elementos históricos e as experimentações vivenciais estão entrelaçados. Numa mescla de gêneros narrativos, como o depoimento, o relato, as memórias, o testemunho e a reconstituição histórica, emerge o momento iniciático, tanto do ponto de vista mais amplo, o projeto em si, no qual a Universidade Federal do Pampa se insere, quanto do ponto de vista acadêmico (criação dos cursos de graduação em Letras, sob responsabilidade dos docentes concursados naqueles primeiros anos); além da perspectiva pessoal, na qual predomina o tom subjetivo. Os primeiros tempos foram os das impressões vividas e os das ações emergenciais: ao completar 10 anos de área e de UNIPAMPA em Bagé/RS, oportuniza-se, pela escrita, refletir e recolocar-se dentro do projeto coletivo maior. Na segunda parte, tornam-se visíveis os aspectos que dizem respeito mais propriamente às opções metodológicas que organizaram e estruturaram as Licenciaturas em Letras por dentro. Começou-se pelo entendimento das necessidades e peculiaridades regionais, passando pela indagação do tipo de atuação docente nesse contexto e, no seguimento, pelo delinear e assumir um perfil identitário, como também pela opção relativa às disciplinas escolhidas, pensando no favorecimento da formação dos futuros professores de Língua Portuguesa, Literaturas e Línguas Adicionais. É aqui que se tem a noção do esforço coletivo e bem apoiado teoricamente que as especificidades contextuais exigiram, para que a adequação entre o imaginado e o requerido verdadeiramente ocorresse. É aqui que os fracassos também são tomados como possibilidades de outras aprendizagens, obrigando a retomada do já estabelecido. Na terceira seção, encontraremos alguns dos inúmeros projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão propostos e desenvolvidos tanto pela comunidade acadêmica como pela comunidade local, ao longo dos dez primeiros anos da UNIPAMPA, campus Bagé/RS, a partir de iniciativas nascidas dentro dos cursos de Licenciatura em Letras. Em cada projeto é possível identificar um desejo acalentado pelos docentes proponentes: fazer progredir, expandir o universo cultural do público-alvo, possibilitar a descoberta de habilidades dos discentes e o exercício das mesmas, como forma de adquirir autonomia e assunção da carreira docente. Desejo também de aproximar o meio acadêmico de seu entorno social e educacional, levando à efetivação de uma das prioridades das universidades recém-criadas como a UNIPAMPA: possibilitar transformações reais para a população abrangida. Ainda, nos relatos dos aprendizes, confirmam-se os pressupostos motivadores dos projetos, através das descobertas, voos e reflexões empreendidos pelos jovens universitários engajados em atividades de sua livre escolha. Na última seção, a instituição universitária assoma de forma relevante, por meio da descrição de inúmeras ações em prol do estabelecimento de normativas gerais, tanto acadêmicas que abrangessem as licenciaturas em si, como diretrizes de atuação para todos os 10 campi que constituem a Universidade Federal do Pampa. O funcionamento inicial de uma universidade com as características da UNIPAMPA requereu (e ainda requer) criação de documentos orientadores, formas de regulação e avaliação, tudo, enfim, que foi/é preciso organizar, discutir e propor coletivamente. É aqui que o quadro de docentes da área da Educação, intimamente ligado às licenciaturas, mostra seu âmbito maior de influência e ação. Também no contexto institucional, a implantação de um programa como o Idiomas sem Fronteiras, a partir do campus Bagé/RS, Licenciatura em Letras, mostra-se em toda a sua potencialidade afirmativa e transformadora para nossos estimados alunos. Optamos por uma organização textual inicial histórico-afetiva, para sobrelevar o significado dos esforços pessoais num período em que muito pouco havia, seguimos pelos embates internos que a constituição dos Cursos de Letras demandaram, passando pelas múltiplas opções formativas e eletivas que os projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão findam por possibilitar para alunos e comunidade adjacente, e, por fim, chegamos aos tópicos e programas que dizem respeito à instituição universitária em si mesma. E, como o caminho continua, propõe-se aqui apenas uma breve parada, o tempo da leitura e o tempo da reflexão que ela possa suscitar. Convidamos o leitor para viajar nesse tempo conosco.
metadata.dc.subject:	Educação Memória Formação Docente
CNPQ:	CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
metadata.dc.publisher:	Universidade Federal do Pampa
Campus:	Reitoria
Tipo de acesso:	Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licença:	http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
metadata.dc.identifier.uri:	http://hdl.handle.net/riu/521
metadata.dc.date.issued:	15-Sep-2016
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